Moradia é favorecida em Goiás
Representante regional da Caixa Econômica Federal, em Goiás, diz que Estado recebe 5% a mais que os outros Estados, em volume de recursos do Minha Casa Minha Vida. Valor concede R$ 12,4 bilhões a mais para os goianos. THAMYRIS FERNANDES
Compra da casa própria e as maiores facilidades de crédito para mobiliar o novo lar são alguns fatores que estão fazendo diferenças econômicas no Brasil. Especialistas da área apontam tais quesitos como os responsáveis pela maior capacidade de poupança e acesso a bens materiais oferecidos à classe média, especialmente para as faixas sociais C e D – compreendidas como a classe média baixa brasileira –, com renda familiar de até R$ 3 mil por mês.
Segundo o economista – e coordenador do Centro de Pesquisas Econômicas e Mercadológicas das Faculdades Alves Faria (Alfa) – Aurélio Troncoso, a atenção que essas fatias da população estão recebendo do governo federal nos últimos anos é impulsora de sua ascensão financeira e social. Conforme ele, isso tem proporcionado mais chances de crescimento para essa parcela da sociedade e uma vida mais estável, permitindo assim, planejamento de dívidas e de consumo.
“Não que isso signifique uma renda maior na mão dessas pessoas, mas sim mais poder de compra e uma reserva maior de dinheiro das próprias finanças devido às políticas assistencialistas governamentais, em conjunto com o crédito facilitado no mercado”, acrescentou o coordenador. De acordo com ele, um dos principais impulsionadores dessa mudança foi a programa federal de financiamento facilitado de imóveis Minha Casa Minha Vida, lançado em 2009.
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Empurrãozinho
De acordo com o gerente regional de Construção Civil da Caixa Econômica Federal em Goiás, Cleomar Dutra, o Minha Casa Minha Vida serviu como um impulsionador de qualidade de vida para muitas famílias. Segundo ele, o programa facilitou a realização do sonho da casa própria de muitos brasileiros, pois surgiu quando não se ouvia falar de incentivo ao crédito imobiliário há muitos anos.
Conforme Cleomar, até o último mês de outubro, foram financiados pela Caixa mais de 171 mil novos imóveis do Minha Casa Minha Vida. De acordo com ele, somente esse ano, já foram liberados financiamentos para 74,4 mil casas.
Com relação a participação estadual no benefício, o gerente contou que Goiás é destaque nacional em valores aplicados pela Caixa para o atendimento do programa. Segundo ele, o Estado recebe 5% a mais do volume de recursos designados para outras partes do país, o que soma R$ 12,4 bilhões extras para os financiamentos goianos.
Essa espécie de ‘empurrãozinho’ foi percebida por muitos do Estado como a grande oportunidade de sair do aluguel. Esse foi o caso, por exemplo, da analista de laboratório Rebecca Mendes. Ela contou que deu entrada no programa em 2009, bem no começo dos financiamentos , e se mudou para o apartamento há pouco mais de seis meses.
Apesar da demora na entrega da casa, Rebecca diz que compensou muito a entrada no programa. De acordo com ela, se não fosse pelo programa, ela e o marido não teriam comprado uma casa até hoje. “Os juros mais baixos e as parcelas menores foi o que mais nos chamou atenção quando decidimos que era o momento de comprar nosso próprio teto.”
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Decidida a se casar, a bacharel em direito Synara Jayme e o noivo também aproveitaram as facilidades do Minha Casa Minha Vida para começar a vida conjugal. Segundo ela, as parcelas do apartamento ainda são reduzidas, pois o apartamento ainda está em construção, mas – conforme seus cálculos – ainda vão continuar mais baratas que muitos alugueis quando o imvel estiver terminado.
Reflexos
De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria da Construção (Sinduscon) de Goiás, Carlos Alberto Moura, os resultados de políticas de assistência social como essa foram positivos no Estado e em sua economia. De acordo com ele, além de empregar toda uma cadeia produtiva, gerar milhares de rendas e tirar inúmeras pessoas do aluguel, o Minha Casa Minha Vida ainda veio para resolver parte da carência habitacional do País e do Estado.
Segundo o presidente, além de dar melhores condições de vida às classes com renda mais baixa, o programa deu estabilidade ao mercado imobiliário goiano. Conforme explicou, boa parte da carência estadual foi resolvida, embora não exista qualquer possibilidade de uma bolha nesse segmento, como ocorreu no mercado norte-americano.
“Nosso setor imobiliário não está estagnado e, mesmo diante dos inúmeros imóveis que o programa federal inseriu no mercado, não estamos nem perto de uma crise. Pesquisas recentes comprovam esse ponto de vista e garante que, em Goiás, temos pelos menos mais 15 anos de muita tranquilidade nesse segmento”, ressaltou.
Mas nem todos os reflexos foram positivos, conforme o economista Aurélio Troncoso. De acordo com ele, embora os programas de subsídios do governo voltados às classes C e D tenham ajudado muitas famílias, o momento em que ele foi implantado não foi apropriado para a economia nacional.
Troncoso explicou que, o governo está em fase de tentar conter a inflação e, para isso, conta com o aumento da taxa básica de juros do País, a Selic, para auxiliar nessa empreitada. No entanto – como pontuou o especialista –, com os cartões que permitem a compra de móveis com altos descontos, por exemplo; o que se vê no mercado é o incentivo constante ao consumo.
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“A inflação é medida encima do consumo do país e, dessa forma, o governo está agindo contra seus próprios objetivos. O que deveria estar acontecendo é o aumento da taxa de juros para desacelerar o ritmo de compras dos brasileiros”, pontuou o economista.
Fonte: www.dm.com.br
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